domingo, 8 de março de 2009




Volte para casa em um horário diferente, por um caminho diferente. Esqueça a dor no joelho. Coloque música para tocar bem alto, sem fone, para que as pessoas que passarem por você também possam ouvir. Olhe para cima da rua, sinta o cheiro da cidade à noite. Sinta-se realizada. Sorria pelas suas escolhas. Que escolhas. Perceba que aquela sua velha inimiga foi a responsável por isso. Que ironia. Agora largue a bolsa na calçada, abra os braços e corra. Atravesse a rua correndo, sinta o frio no seu rosto, cante a música e chore. Chore porque você é feliz.

quarta-feira, 4 de março de 2009

A menina conversando com a morte




Já não produzo lágrimas por isso. Não sei a ordem das lembranças. Tenho em mente os lugares, algumas fotos e as cores. Sinto falto do cheiro. Confundo nosso conforto com outros confortos: minha cabeça no seu peito parece o mesmo que meu abraço ao travesseiro. É mentira o que falei sobre as lágrimas, ainda as forço para acabar mais rápido com a dor. Ás vezes acho que tenho um estoque para cada sentimento. Meu otimismo suga os surperficiais constantemente, ainda bem. O dos animais e o seu são os maiores. Simplicidade nunca é absoluta quando falamos de amor. Eu tenho medo de você...mas é você que me admira.