domingo, 31 de agosto de 2008



A sorte que eu tenho
não é percebida.
A sorte que eu tenho
não é entendida.
A sorte que eu tenho
não é apreciada.
É só criticada, é só cobrada, é quase maldita.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Salvador, 18 de agosto de 2008.

Despertador toca,
Sono profundo às 4 horas da manhã
Frio, visto a calça do pijama de flanela,
Ar-condicionado marcando 22 graus
Sucrilho com leite, casaco, guarda-chuva e chave de casa,
Hora do almoço,
Despertador toca, vitamina de banana, desodorante e camisa social
Fim do almoço,
Noticiário da manhã no som do carro
De volta ao trabalho, fome não saciada pelo sanduíche de queijo,
Ansiedade e questionamentos na nova rotina
Volto pra casa, ônibus, mercado e dois quarteirões,
Hora do almoço, arroz, feijão e bife
Ferro de passar, janto mais uma vez miojo e assisto televisão
Volta para o trabalho, barriga cheia no engarrafamento
Banho, livro, pijama de flanela e edredon,
Seis e meia, fecha a janela do carro e liga o ar
Deito na cama e espero pela melhor hora do dia,
15 minutos no telefone, as novidades e depois o jornal nacional
Tenho sono, vem a insônia, sinto cansaço e saudade.
To na estação trocada, no hemisfério oposto, no fuso errado.