quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Onde o mundo vai parar?




Por mais clichê que essa frase seja, é ela que me vem a cabeça quando leio certas coisas. Para mim, podemos avaliar a índole de uma pessoa pela maneira que ela trata os animais. No meio de inconcebíveis namorado mata namorada, madrasta mata enteada, pai mantém a filha presa por 24 anos e tem 7 filhos com ela, notícias como “Três crianças matam canguru a pauladas na Rússia” “Menino invade zoológico e alimenta crocodilo com animais raros” me chocam da mesma maneira. Não sou adepta de quem não gosta de animais. O círculo da vida não tem fim e tá todo mundo dentro. O respeito começa aí.

sábado, 18 de outubro de 2008

Esse não é um post engraçado.


Acho que todo mundo tem algum tipo de barreira social. Mas meu namorado, Kico, tem um problema bem mais sério, quase patológico. Em situações delicadas, ou não tão delicadas assim, ele tem crises de riso. No começo do namoro, ele não podia sentar na mesa do almoço na presença de minha mãe. Sentava, conversava um pouco e do nada começava a rir, e uma vez que começava não parava mais. Se fosse com meu pai então, a crise era muito pior. Chegou ao ponto de eu ter que levar o seu prato para que ele almoçasse no meu quarto.
Elevador é um tormento, fico tensa quando entra alguém, já antecipando o descontrole. Acho que a minha tensão acaba estimulando o seu riso ainda mais. Ele fica rindo, escondendo o rosto, e eu com vergonha dizendo ao estranho para não se preocupar, que ele tem problema.
Ultimamente estamos dividindo o quarto com uma amiga. Na primeira noite, fomos dormir depois dela. Entramos na pontinha dos pés, tentando não acordá-la. Mas como sempre acontece nessas situações, Kico chutou a cadeira e derrubou o celular. Pronto. Começou a rir descontroladamente. Nossa pobre amiga acordou sem entender nada, e hoje, depois de quase um mês, toda noite eu digo: “vamos lá, respire fundo, mantenha a calma, você consegue controlar...tô falando sério viu?”. Mas não adianta.
Durante a faculdade, Kico resolveu que precisava desligar do mundo. Trancou o curso de publicidade e foi fazer teatro. Passou seis meses ensaiando uma peça super séria, daquelas tipo “cabeça”. No hora da apresentação, não conseguiu segurar e começou a rir no palco. O diretor, compreensivo, o chamou e tentou acalmá-lo, dizendo que era normal seu nervosismo. Mas depois da terceira tentativa, o expulsou do palco e disse que teatro não era uma brincadeira, não necessariamente com essa sutileza.
Certa vez, fomos convidados por um amigo a participar de um culto da sua religião. Bem popular em Salvador, eles pregam a cura através da transmissão de energia pelas mãos. Sentamos em uma das fileiras da frente. De repente, começa a tocar uma versão em português daquela música “We are the world, we are the children...” de Michael jackson. Até aí tudo bem. Daí entra a Ministra, uma senhora gordinha de um metro e cinquenta, recitando orações em Japonês. Dessa vez, confesso que fui eu que não consegui segurar e comecei a rir, Kico me olhou, provavelmente pensando como eu tinha sido capaz de fazer aquilo com ele, e começou a rir também. Por mais que tentássemos, não conseguíamos parar. Nesse meio tempo só consegui olhar para trás e perceber que três senhoras estendiam as mãos sobre as nossas cabeças e uma delas explicava que estávamos passando por um momento muito díficil, e que o passe iria fazer nosso choro parar.

E repito: esse não é um post engraçado...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Charge ♯2

terça-feira, 7 de outubro de 2008



- Aquele é o nosso mundo?
- Que mundo?
- Você sabe...
- Sei?
- Sim...onde nós temos conforto, família, amigos, nossos bichos...
- Não tem saudade lá?
- Saudade tem, isso está fora de controle
- Mas dói menos lá, né?
- Dói menos, e não sufoca...


* Desenho feito por Kiko

quinta-feira, 2 de outubro de 2008


Esse post é de despedida.
Você que me acompanhou desde a minha primeira semana aqui, que tinha sido meu melhor investimento até agora, meu protetor nos dias de chuva e frio...morreu... me deixou na mão.
Nunca vou esquecer do little sunshine que nos deu ontem, nos fez ficar juntinhos, ainda tentando acreditar que tudo tinha sido possível, e em tão pouco tempo. Aquele vento tava tocando heavy metal, foi demais, se você não conseguiu, nem um outro conseguiria. Vai em paz. Que pena...você era tão lindo...