Acho que todo mundo tem algum tipo de barreira social. Mas meu namorado, Kico, tem um problema bem mais sério, quase patológico. Em situações delicadas, ou não tão delicadas assim, ele tem crises de riso. No começo do namoro, ele não podia sentar na mesa do almoço na presença de minha mãe. Sentava, conversava um pouco e do nada começava a rir, e uma vez que começava não parava mais. Se fosse com meu pai então, a crise era muito pior. Chegou ao ponto de eu ter que levar o seu prato para que ele almoçasse no meu quarto.
Elevador é um tormento, fico tensa quando entra alguém, já antecipando o descontrole. Acho que a minha tensão acaba estimulando o seu riso ainda mais. Ele fica rindo, escondendo o rosto, e eu com vergonha dizendo ao estranho para não se preocupar, que ele tem problema.
Ultimamente estamos dividindo o quarto com uma amiga. Na primeira noite, fomos dormir depois dela. Entramos na pontinha dos pés, tentando não acordá-la. Mas como sempre acontece nessas situações, Kico chutou a cadeira e derrubou o celular. Pronto. Começou a rir descontroladamente. Nossa pobre amiga acordou sem entender nada, e hoje, depois de quase um mês, toda noite eu digo: “vamos lá, respire fundo, mantenha a calma, você consegue controlar...tô falando sério viu?”. Mas não adianta.
Durante a faculdade, Kico resolveu que precisava desligar do mundo. Trancou o curso de publicidade e foi fazer teatro. Passou seis meses ensaiando uma peça super séria, daquelas tipo “cabeça”. No hora da apresentação, não conseguiu segurar e começou a rir no palco. O diretor, compreensivo, o chamou e tentou acalmá-lo, dizendo que era normal seu nervosismo. Mas depois da terceira tentativa, o expulsou do palco e disse que teatro não era uma brincadeira, não necessariamente com essa sutileza.
Certa vez, fomos convidados por um amigo a participar de um culto da sua religião. Bem popular em Salvador, eles pregam a cura através da transmissão de energia pelas mãos. Sentamos em uma das fileiras da frente. De repente, começa a tocar uma versão em português daquela música “We are the world, we are the children...” de Michael jackson. Até aí tudo bem. Daí entra a Ministra, uma senhora gordinha de um metro e cinquenta, recitando orações em Japonês. Dessa vez, confesso que fui eu que não consegui segurar e comecei a rir, Kico me olhou, provavelmente pensando como eu tinha sido capaz de fazer aquilo com ele, e começou a rir também. Por mais que tentássemos, não conseguíamos parar. Nesse meio tempo só consegui olhar para trás e perceber que três senhoras estendiam as mãos sobre as nossas cabeças e uma delas explicava que estávamos passando por um momento muito díficil, e que o passe iria fazer nosso choro parar.
Elevador é um tormento, fico tensa quando entra alguém, já antecipando o descontrole. Acho que a minha tensão acaba estimulando o seu riso ainda mais. Ele fica rindo, escondendo o rosto, e eu com vergonha dizendo ao estranho para não se preocupar, que ele tem problema.
Ultimamente estamos dividindo o quarto com uma amiga. Na primeira noite, fomos dormir depois dela. Entramos na pontinha dos pés, tentando não acordá-la. Mas como sempre acontece nessas situações, Kico chutou a cadeira e derrubou o celular. Pronto. Começou a rir descontroladamente. Nossa pobre amiga acordou sem entender nada, e hoje, depois de quase um mês, toda noite eu digo: “vamos lá, respire fundo, mantenha a calma, você consegue controlar...tô falando sério viu?”. Mas não adianta.
Durante a faculdade, Kico resolveu que precisava desligar do mundo. Trancou o curso de publicidade e foi fazer teatro. Passou seis meses ensaiando uma peça super séria, daquelas tipo “cabeça”. No hora da apresentação, não conseguiu segurar e começou a rir no palco. O diretor, compreensivo, o chamou e tentou acalmá-lo, dizendo que era normal seu nervosismo. Mas depois da terceira tentativa, o expulsou do palco e disse que teatro não era uma brincadeira, não necessariamente com essa sutileza.
Certa vez, fomos convidados por um amigo a participar de um culto da sua religião. Bem popular em Salvador, eles pregam a cura através da transmissão de energia pelas mãos. Sentamos em uma das fileiras da frente. De repente, começa a tocar uma versão em português daquela música “We are the world, we are the children...” de Michael jackson. Até aí tudo bem. Daí entra a Ministra, uma senhora gordinha de um metro e cinquenta, recitando orações em Japonês. Dessa vez, confesso que fui eu que não consegui segurar e comecei a rir, Kico me olhou, provavelmente pensando como eu tinha sido capaz de fazer aquilo com ele, e começou a rir também. Por mais que tentássemos, não conseguíamos parar. Nesse meio tempo só consegui olhar para trás e perceber que três senhoras estendiam as mãos sobre as nossas cabeças e uma delas explicava que estávamos passando por um momento muito díficil, e que o passe iria fazer nosso choro parar.
E repito: esse não é um post engraçado...
6 Comments:
hahahahahahahahaahahahaha
mude o título, por favor...
hehehhe
sei bem como qual a religiao....é assim mesmo.....
recebeu johrei foi????
bj e saudades
flávia noya
Como assim não é engraçado??
huahuahua
Adorei!!
Fiquei imaginando como ele se porta num enterro.
Beijos
Oi Luciana td bem.. Li seu post. realmente uma terapia ajuda nesses casos do Kiko, eu sei pq faço e a gente acaba descobrindo muita coisa com um bom analista, porque a relação vai fundo, eu diria que é muito mais aberta do que com pai e mãe, heheheheheh.Beijos. Prima Ana.
Posta mais aê ô!
bjo!
Dizer que não é um post engraçado deixou o post mais engraçado ainda. Parabéns pela estratégia de marketing! =)
Post a Comment